Fantasmas do passado continuam a pairar sobre a minha cabeça ingénua, sobre a minha cabeça fria e calculista. Tento ser diferente do que sou, mas é algo que não consigo controlar, a raiva.
Sim, a raiva que sinto de tudo o que sei, de tudo o que soube.
Raiva por me descontrolar, raiva por me irritar ao máximo sem poder fazer absolutamente nada.
Raiva que aparece sempre que algo não me parece bem.
Raiva que senti, raiva que sinto... Raiva que sentirei?

Ninguém me tira os fantasmas que carrego, as memórias que transporto, o horror que me transfigura, o ódio que sinto. Ninguém me tira nada disso, pois não consigo ser forte o suficiente para ignorar certas e determinadas coisas que não me agradam. Estranho feitio este que me faz tão estúpida em certas alturas. Fico cega de ódio, com um rancor de fazer inveja e nada me faz mudar isso.
Estranho, não é? Para mim é extremamente reconfortante.