domingo, 4 de maio de 2008

Mental disease.

É tão relaxante saber que te vais embora cedo, é tão relaxante saber que perguntas por mim quando não estou. É mesmo bom saber que assim que alguém chama o meu nome olhas logo, pois sinto falta do conforto de estar triste. É apenas uma falsa testemunha, espero que continues aqui, volta atrás e combate este fogo mentiroso. Sinto falta do conforto em estar triste. Abre os teus olhos, vê na escuridão e na imensidão. Ultra-sons, ultra-qualquer coisa estranha, volta em silêncio com paciência e com a tua graça natural. Não há nada mais para ver, para tocar. Os sons tornaram-se monótonos, as cores monocromáticas. Estou cheia de nada, de vazios. Tudo foi dito e feito, salvaste-me no dia em que apareceste. Deito-me no escuro e fecho os meus pálidos olhos azuis que tudo vêm e muito sentem. Tento caminhar neste fogo que existe, desapareceu a única coisa em que eu acreditava: nada. Não há mais razões para eu sobreviver, salvaste-me no dia em que finalmente apareceste. Aqueles pálidos e sádicos olhos azuis que tanto gostas têm tendência a ser amados, a mostrar mais de tudo e de nada. Eles viram-te parado, mexe-te rapidamente eles vão apanhar-te de novo não importa onde estejas. Um, é o que somos, um é o que nos tornámos com toda esta correria desenfreada e tipicamente estúpida. Estou farta da morte que não me deixa em paz, os servos tem o poder para tudo, estou farta de caras de bonecas que enganam, que violam, que matam, que aniquilam apenas com o olhar. Estou farta de tudo ser igual, da repetição louca e de devaneios absolutamente estranhos. Os servos da grande senhora estão à nossa espera para nos levar daqui para fora, a morte faz os anjos parecerem psicopatas loucos. Prefiro um festim de amigos a uma família gigante? Todo o meu amor foi deitado abaixo por ti, sente-te bem com isso se era o que querias. Devo cair no esquecimento? É impossível.

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